Saúde
O teste por uma vida melhor
Pessoas com mais de 40 anos são alvo de campanha de prevenção a hepatites lançada pelo Ministério da Saúde
Jerônimo Gonzalez -
Quem tem mais de 40 anos e passou por cirurgia, transfusão de sangue ou fez tatuagem antes de 1993 deve fazer o teste para as hepatites virais, visto que naquela época nem todo o material utilizado era descartável. Com o tema Hepatite C - O teste pode salvar a sua vida, o governo federal lançou a campanha que prioriza a importância do diagnóstico. Em Pelotas, o teste rápido pode ser feito em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
A campanha também tem como alvo os profissionais de saúde, estética, manicures e tatuadores. As peças publicitárias pretendem mobilizar a população a procurar os serviços de saúde para realizar a testagem. E, em caso positivo para a doença, deve-se iniciar e completar o tratamento. O novo tratamento para hepatite C, com os medicamentos simeprevir, sofosbuvir e daclastavir, foi incorporado no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2015, com a publicação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hepatite C e Confecções. Com essa estratégia, o Brasil assumiu a vanguarda da oferta no SUS da terapia.
Com apenas um gota de sangue é possível fazer o teste investigativo para hepatite B e C, HIV e sífilis. No Centro de Testagem e Aconselhamento de DST/Aids da prefeitura, que funciona no mesmo prédio do Centro de Especialidades, entre dez e 20 exames são realizados por dia, relata a enfermeira Ana Galarça. O açougueiro D.R., 63, que prefere não se identificar, resolveu procurar o serviço por prevenção. Após fazer o exame, a pessoa aguarda 15 minutos para saber o resultado.
De acordo com o membro do Comitê Municipal de Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites B e C, José Ricardo Fonseca, é importante a realização do teste para dirimir qualquer dúvida, sobretudo à população de risco foco da campanha, que pode ter tido contato com o vírus e não saber. Só no primeiro semestre do ano foram registrados em Pelotas mais de cem casos de hepatite, enquanto que em 2015 foram 213 notificações.
Doença tem cura
Em nível nacional, nos últimos dois anos, mais de 5,5 milhões de testes rápidos para hepatite C foram distribuídos. A campanha, lançada no último dia 28 de julho, no Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, ressalta que a doença tem tratamento e cura. O Ministério da Saúde, segundo sua assessoria, enviou a todo o país desde o ano passado 23.599 tratamentos, sendo que outros 6.925 já foram aprovados e serão encaminhados aos estados nas próximas semanas.
Nova compra, de 35 mil novos tratamentos, está em andamento para distribuição até final deste ano. O investimento é de R$ 1 bilhão. Apenas no primeiro semestre deste ano, mais de 15 mil pessoas já foram beneficiadas.
Os tipos
Atualmente no Brasil, de 1,4 a 1,7 milhão de pessoas são portadores de hepatite C.
A doença pode ser transmitida pelo contato com sangue contaminado (transfusão de sangue e hemoderivados, sexo desprotegido e compartilhamento e objetos de uso pessoal como agulhas de tatuagem, alicates e tesouras).
Não existe vacina contra a hepatite C, mas o tratamento é eficaz e disponível no SUS.
A hepatite B é uma doença infecciosa causada pelo vírus B (HBV), também chamada de soro-homóloga. Como o VHB está presente no sangue, no esperma e no leite materno, a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível.
Sintomas
Febre
Fraqueza
Mal-estar
Dor abdominal
Enjoo/náuseas
Vômitos
Perda de apetite
Urina escura (cor de café)
Icterícia (olhos e pele amarelados)
Fezes esbranquiçadas (como massa de vidraceiro)
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